Goiânia (GO) – Em 2011, a Pontal Engenharia, construtora goiana, iniciou uma parceria com o Jardim Botânico Amália Hermano Teixeira, através do Projeto Primavera, que permitiu a criação do Museu Carpológico. Com a função de promover atividades de educação ambiental, o museu armazena várias sementes, folhas, frutos e flores de diversas espécies do Cerrado. Para este ano, expandindo ainda mais as estruturas do Jardim Botânico, quatro novos projetos estão em andamento, garantindo aos moradores de Goiânia um contato cada vez maior com o bioma da região.
A ampliação incluirá um Jardim Sensorial, que tem como objetivo aproximar deficientes visuais da natureza. O espaço incluirá uma coleção que estimulará o olfato e o tato, possibilitando que sintam as muitas sensações provocadas pelo contato com as plantas das mais variadas espécies. Outra novidade será o Roseiral, um jardim que, como o nome indica, agrupa várias espécies de flores para apreciação. Serão plantadas coleções de espécies de rosas, quaresmeiras e lírios. O borboletário, que se encontrava reservado, será reaberto, permitindo que crianças e adultos tenham contato direto com borboletas e plantas ornamentais.
Um dos novos espaços em construção é o da biblioteca, que poderá ser utilizada pela comunidade da região do Jardim Botânico e, também, pelos visitantes. Entre seus exemplares, jovens universitários poderão encontrar informações sobre botânica e meio ambiente. Este espaço dialogará, através de seus livros, com as espécies que podem ser observadas ao ar livre pelo jardim.
Cada vez mais organizado e maior, o Museu Carpológico atrai grande atenção todos os meses. O espaço, hoje, já produziu mais 60 mil mudas e já recebeu mais de 10 mil visitantes, comprovando os bons frutos que o projeto tem colhido. Do total de espécies plantadas, 50% delas são nativas do bioma Cerrado, 35% são ornamentais e 15% medicinais. Em seu interior são realizados estudos e pesquisas, além de local para armazenamento de coleta de sementes, frutos e montagens de exsicatas, servindo como registro para pesquisadores da região e de outras partes do mundo.
Parceria socioambiental
O Projeto Primavera vai além da perpetuação da flora nativa do Cerrado: ainda permite a manutenção de trabalhos sociais que visam a formação e qualificação profissional de jovens em situação de risco. Outro fator interessante é a divulgação de atividades ambientais que sensibilizam a população para a preservação do meio ambiente. Para o engenheiro civil da Pontal Engenharia, Wesley de Andrade Galvão, “o Jardim Botânico, por receber muitos estudantes, tem como missão trabalhar desde cedo a postura sustentável deste público que, no futuro, passará a multiplicar estes conhecimentos e boas práticas para toda a sociedade”.
Graças ao projeto, foi possível a recuperação de áreas degradadas do parque Fonte Nova, em 2012. O plantio de espécies nativas, criadas em estufas do Jardim Botânico, recuperou e garantiu aos moradores do setor a reestruturação do jardim. “A parceria com a Pontal Engenharia é fundamental para a divulgação da instituição e de seus projetos, garantindo a possibilidade de realizar cada vez mais projetos”, acredita a bióloga Geórgia Ribeiro. Também estão envolvidos no projeto engenheiros agrônomos, pedagogos, geógrafos, administradores e assistentes sociais.
Jardim Botânico Amália Hermano Teixeira
O Jardim Botânico foi inaugurado em 1978. A partir da Lei Municipal 7.800, de 5 de março de 1998, a área passou a ter como finalidade o desenvolvimento de pesquisa, divulgação, conservação, preservação e recuperação, além de programas de atividades de recreação ambiental em logradouro. O slogan do espaço é “Jardim Botânico, lugar de preservação”.