Parceria com a Pontal Engenharia propiciou mais uma consquista para o Jardim Botânico Amália Hermano Teixeira. Nesta sexta-feira, dia 05/12, o pedido do órgão foi deferido pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos – CNJB
Classificação dos Jardins Botânicos no país
Regulamentado pela Resoluções 213 de 03/11/2003 do Ministério do Meio Ambiente o Art. 5 determina que o jardim botânico será classificado em três categorias denominadas “A”, “B” e “C”, observando-se critérios técnicos que levarão em conta a sua infra-estrutura, qualificações do corpo técnico e de pesquisadores, objetivos, localização e especialização operacional.
Para se enquadrar na categoria “B” os jardins botânicos precisam atender às seguintes exigências:
– possuir quadro técnico – científico compatível com suas atividades;
– dispor de serviços de vigilância e jardinagem, próprios ou terceirizados;
– manter área de produção de mudas, preferencialmente de espécies nativas da flora local;
– dispor de apoio administrativo e logístico compatível com as atividades a serem desenvolvidas;
– desenvolver programas de pesquisa visando à conservação das espécies;
– possuir coleções especiais representativas da flora nativa, em estruturas adequadas;
– desenvolver programas na área de educação ambiental;
– possuir infra-estrutura básica para atendimento de visitantes;
– ter herbário próprio ou associado com outra instituição;
– possuir sistema de registro para o seu acervo;
– possuir biblioteca própria especializada;
– divulgar suas atividades por meio de Informativos;
– manter programas de coleta e armazenamento de sementes próprio ou associado; e
– oferecer apoio técnico, científico e institucional, em cooperação com as unidades de conservação, previstas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-SNUC, instituído pela Lei n o 9.985, de 18 de julho de 2000.
Projeto primavera
Da parceria da Pontal Engenharia com o Jardim Botânico Amália Hermano Teixeira, de Goiânia, nasceu o Projeto Primavera, em setembro de 2011, com a inauguração do Museu Carpológico e já em 2012 conquistou a categoria C. O Projeto financia a pesquisa e a obtenção de sementes e mudas, com ênfase para as existentes na área do Jardim Botânico, árvores frutíferas, espécies nativas raras ou ameaçadas de extinção do bioma Cerrado e através de módulos de produção de plantas ornamentais e medicinais, de coleções de espécies regionais, medicinais e ornamentais. O Projeto Primavera tem atuação social (com crianças e idosos), ambiental e cultural. O programa inicialmente visava plantar mudas de árvores em quantidade equivalente de madeira à que foi consumida nas obras, com intuito de zerar seu passivo ambiental e neutralizar as emissões de CO2 da empresa. No entanto, a parceria gerou resultados tão benéficos que não parou por aí, só em 2014 já formas produzidas 41.100 mudas das quais forma plantadas 35.780, além de terem sido coletadas 46.200 sementes.
O Jardim Botânico Amália Hermano Teixeira é uma área de preservação de 100 hectares na capital, que guarda parte da biodiversidade da vegetação de Goiás, especialmente do Cerrado. É aberto também a outras vegetações do Brasil e do mundo, e ao ensino e à pesquisa técnico-científica, através da manutenção de coleções científicas e de Educação Ambiental, fornecendo informações para o desenvolvimento de atividades sustentáveis, além da educação do público. O objetivo não é só a produção, mas também pesquisa e educação. A parceria tem mostrado resultados efetivos. As sementes coletadas e as mudas formadas são plantadas no próprio bosque ou doadas para reflorestar outras áreas do município. A excursão agendada de escolas e a visitação de estudantes da vizinhança aumentaram e o Jardim Botânico recebe milhares de pessoas todo ano, cumprindo uma função educativa. A produção de mudas hoje já abrange diversas espécies do Cerrado.