Ecofashion é um novo termo usado para definir as estratégias de produção e consumo consciente no universo da moda. Como resultado, esse movimento surgiu como resposta sustentável ao crescente aumento nos índices de poluição relacionados à indústria têxtil.
No ranking que avalia o nível de emissão de carbonos, as empresas do segmento da moda ocupam o quarto lugar na lista das indústrias mais poluentes do planeta. E, como uma única peça de roupa pode demorar até meio século para se decompor, imagine uma coleção inteira! Por isso nós, enquanto consumidores, não devemos ignorar o peso das nossas escolhas.
Obviamente é difícil deixar de comprar roupas novas por definitivo. Mas, mudar a forma de interagir com a indústria da moda se mostra uma necessidade econômica que impacta diretamente no meio ambiente. Algumas marcas compreenderam essa demanda e começaram a implantar modificações significativas. O material utilizado nas peças confeccionadas adianta o pioneirismo da moda sustentável.
No Brasil, a fibra de poliamida tem se popularizado como uma solução inteligente. As roupas produzidas a partir desse recurso podem se decompor em três anos no aterro sanitário. Em contraste com o tecido comum, há uma redução de 94% no tempo de decomposição. Além da poliamida, existem outras patentes registradas por iniciativas tecnológicas e sustentáveis que buscam produzir um material que gere o menor impacto ambiental possível.
Fast Fashion
A indústria da moda avançou no mercado comercial pela expansão da globalização e do capitalismo. Com isso, ocorreram mudanças na forma de produzir e consumir roupas. As peças deixaram de ter a função única de vestir as pessoas e passaram a desempenhar papéis sociais e políticos. Em síntese, para atender essa demanda, cada vez mais crescente, o mercado se adaptou e colocou em prática a fast fashion.
O fast fashion é um conceito que surgiu na década de 1990 e está presente até os dias atuais. Nesse modelo, os produtos são fabricados de modo contínuo, mas possuem uma vida útil mais curta. Os estoques costumam ser baixos porque a criação de novas coleções seguem as tendências do consumo. Com a renovação constante das vitrines, o estímulo à compra e venda se intensifica e, muitas vezes, se banaliza.
Slow Fashion
Na contramão desse consumo, o slow fashion propõe um uso mais sustentável, desde a fabricação até o descarte das peças. O conceito foi criado pela escritora Angela Murrills em 2004, durante a onda do slow food. A ênfase desse sistema está na preservação do meio ambiente e cultura. Ao incentivar a produção artesanal, por exemplo, o slow fashion desafia a indústria da moda a reorientar os seus produtos.
As pesquisadoras Kate Fletcher e Lynda Grose publicaram um livro chamado Moda e sustentabilidade: design para a mudança. Na obra, elas fazem uma diferenciação mais direta dessas duas formas de consumo: fast e slow. A primeira direciona suas ações para a produção em massa (global), ignora os impactos ambientais e incentiva a dependência da imagem e do novo. A contra-proposta, no entanto, estimula a autoconsciência na confecção e manutenção das peças, tem mais foco no consumidor local e incorpora custos sociais e ecológicos em média e pequena escala.
Desse modo, a slow fashion se posiciona não como uma tendência, mas como uma necessidade. A indústria da moda fundamenta sua economia em um esquema que agride o ecossistema. Por essa razão, o “feito à mão” e os valores humanos que o consumo consciente propõe, se relacionam com a forma de consumir e viver.
Como contribuir?
- Remende as roupas. Em primeiro lugar, uma peça não precisa ser descartada quando têm algum furo. Você pode costurar à mão ou contratar uma costureira local para fazer o conserto e aumentar a vida útil.
- Evite comprar roupas com fibras têxteis plásticas. Nesse sentido, prefira aquelas que são feitas com algodão orgânico certificado, pois essa é uma matéria-prima que não sobrecarrega o meio ambiente.
- Consuma de forma responsável. Aqui é preciso fazer um esforço para controlar a compra por impulso. Você já comprou uma peça de roupa que não precisava ou que ficou guardada e sem uso? Uma forma de evitar esse desgaste é comprá-las apenas quando necessário. Experimente também visitar um brechó. Geralmente é possível encontrar peças únicas e históricas.
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