O operário de torneira Valmi Quaresma Torres, de 48 anos, começou a trabalhar na Pontal Engenharia há 14 anos. Assim que entrou na empresa, na hora de assinar a carteira, como não era alfabetizado, deixou a marca do dedão no documento. Valmi é de Quixeramobim, cidade do sertão cearense, trabalhava na roça e chegou em Goiás nos anos de 1990, em busca de novas oportunidades.
Prestou vários serviços até ser contratado pela Pontal Engenharia, onde trabalha como operador de torneira nas obras e onde também começou a ser alfabetizado. É que a empresa, em parceria com o Sesi/Senai, montou uma sala de aula no canteiro de obras para que os colaboradores analfabetos ou que não tinham concluído o ensino fundamental tivessem a chance de fazê-lo com mais facilidade. Durante três anos, a turma, que começou com 20 alunos, tinha aulas diárias após o expediente, no próprio canteiro de obras, em uma sala montada no local para este fim. Uma professora do Sesi ministrava as aulas.
Nesta sexta, 25, Valmi e mais cinco colegas receberam o diploma de conclusão do Ensino Fundamental. “Agora terei orgulho de saber que vou ler o que estou assinando”, disse, elogiando o investimento feito pelo empregador. “Trabalhar aqui é muito bom. Só o fato de termos tido a chance de estudar aqui mesmo no local de trabalho é algo bem diferente”. Receberam o diploma os colaboradores Adelson Ribeiro, Antônio Dias, Cristiane Bezerra, Nilo Marques e Orias Ferreira. A formatura teve a presença do diretor-executivo da Pontal Engenharia, Ivo Corrêa Faria, do superintendente do Senai e diretor do Sesi, Paulo Vargas, do diretor do Sesi do Jardim Planalto, Rogério de Sousa, da coordenadora do programa Educação do Trabalhador, Kariny Gomes, colaboradores da Pontal e de familiares dos formandos.
A auxiliar de serviços gerais Cristiane Bezerra de Castro, 32 anos, é do Tocantins. Estudou até a 6ª série. Ao entrar na Pontal, há pouco mais de um ano, decidiu integrar o projeto de alfabetização no canteiro de obras e concluir o Ensino Fundamental. Agora que já tem o diploma em mãos, vai continuar os estudos e planeja, após o Ensino Médio, entrar em uma faculdade.
Outro que não vê a hora de continuar os estudos é o aposentado Orias Ferreira. Aos 63 anos, mesmo tendo sido aposentado, não deixou de frequentar as aulas. Nem mesmo um acidente que o obrigou a andar de bengala não o impediu terminar o curso. “Enquanto estiver andando estarei estudando”, disse.
O diretor-executivo Ivo Corrêa agradeceu o Sesi pela parceria neste e em outros programas desenvolvidos pela construtora e lembrou a participação do pai, o engenheiro e diretor-presidente Ricardo Mortari Faria, na idealização do projeto. “Fomos uma das primeiras turmas de alfabetização em um canteiro de obras no Brasil”, destacou. “Todo investimento no ser humano traz resultados surpreendentes”.
A parceria entre a Pontal Engenharia e o Sesi terá continuidade. No próximo mês, já começam as aulas do Ensino Médio.
Sustentabilidade
A Pontal Engenharia foi pioneira em Goiás em regulamentar suas ações em direção a um futuro mais sustentável. Adota práticas coerentes. Constrói apartamentos onde o uso de energia solar e o reaproveitamento da água permitem a economia da conta de luz e água, respectivamente.
A Construtora adota a utilização de materiais que geram o menor impacto possível ao meio ambiente e que possam contribuir para o conforto térmico, além de reduzir o consumo de energia.
Nos empreendimentos da Construtora, chuveiros elétricos vêm sendo substituídos por equipamentos de aquecimento solar. A água, recurso que também se torna cada vez mais escasso e por isso também mais custoso, está sendo economizada e reaproveitada. Desde 2008, as obras são construídas com sistemas de reuso de água cinza (a água dos vasos sanitários e chuveiros). Depois de passar por um processo de tratamento, esta água – correndo por uma tubulação separada – volta a ser usada como água de descarga dos banheiros. Depois de captada e tratada, a água da chuva é usada para lavagem de áreas comuns do prédio.