As empresas que pretendem continuar operando em um mercado cada vez mais competitivo, seja qual for o segmento, necessitam implementar sistemas de gestão que promovam a melhoria contínua da qualidade de seus processos, sendo esta uma peça chave no sucesso do negócio. Partindo desse princípio, vemos que a responsabilidade social, aplicada de forma sistêmica, agregada à gestão, tornou-se determinante para o crescimento e consolidação das empresas.
Nesse contexto, a educação corporativa se mostra uma ferramenta eficaz para a propagação da responsabilidade social. As pesquisas apontam a satisfação dos trabalhadores em fazer parte de uma companhia que investe em sua capacitação profissional e no desenvolvimento de suas habilidades, sendo esse quadro ainda mais evidente entre os jovens, o que demonstra que essa é uma tendência a vigorar nos próximos anos. Investir na capacitação profissional dos colaboradores, assim como na melhoria da qualidade de vida deles, passou a ensejar uma nova mentalidade dentro das empresas.
Incorporar a responsabilidade social ao negócio é, no entanto, uma estratégia de longo prazo, que exige adaptações e uma mudança efetiva na cultura organizacional. Mas os benefícios auferidos são inúmeros, como a redução do desperdício, o aumento na produtividade, a melhoria na qualidade do produto, a fidelização dos colaboradores e o incremento nos ativos intangíveis da empresa.
Além disso, a prática da responsabilidade social ainda proporciona um ambiente favorável à inovação, fazendo com que haja uma sinergia em termos de resultados. A educação corporativa é mais do que um conjunto de treinamentos. É a inserção dos trabalhadores nos planos estratégicos da empresa. Até mesmo porque, uma organização que passa por esse processo adquire autoconhecimento e maturidade. Essa é a experiência que colhemos na Pontal Engenharia, empresa que atua na construção e incorporação de edifícios residenciais, com 28 anos no mercado.
Desde os anos 90, a construtora vem investindo em capacitação, treinamento e em atividades que geram prazer aos colaboradores. As ações foram conduzidas mediante um planejamento estratégico e os resultados da adoção de uma política de responsabilidade social fizeram com que os colaboradores realmente vestissem a camisa da empresa, sentindo eles próprios responsáveis pela qualidade dos produtos comercializados por ordem de 17%. A grande maioria dos trabalhadores continua até hoje no quadro da empresa.
Uma pesquisa com os colaboradores sazonais apontou que 100% deles gostariam de trabalhar na construtora novamente. Os resultados sinalizaram que a empresa estava no caminho certo, mas que era preciso ir além, no sentido de garantir a efetivação dessas considerar a necessidade e a importância de se obter a certificação do sistema de gestão integrado, visando balizar sua política.
Assim, em 2010, a empresa passou a ser certificada pela NBR 16001, a norma brasileira que chancela as boas práticas de responsabilidade certificações, como a do PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat), a ISO 9001 (qualidade), a NBR ISO 14001 (meio ambiente) e a OHSAS 18001 (saúde e segurança), a Pontal Engenharia tornou-se, já em 2010, a primeira construtora do país a obter essas cinco certificações.
Paralelamente, concorrendo em diversos certames, conquistou o 1° lugar estadual e nacional por duas vezes consecutivas no Prêmio Sesi de Qualidade no Trabalho (PSQT-2010 e 2012), na modalidade Desenvolvimento Socioambiental;
1º lugar no Prêmio Chico Mendes 2012, na modalidade Gestão Socioambiental Responsável;
1º lugar nacional no Prêmio Fecomércio de Sustentabilidade 2012, na categoria grande empresa;
1º lugar nacional no Prêmio CBIC de Responsabilidade Social 2011, categoria empresa;
2º lugar no Prêmio Goiás de Gestão Ambiental 2011, na modalidade Educação Ambiental Corporativa; dentre outros.
A empresa entendeu a importância da educação no âmbito do desenvolvimento sustentável, considerando seu tripé social, ambiental e econômico, ao mesmo tempo em que ampliou o seu conceito de qualidade e passou a se relacionar com todas as partes envolvidas no processo: os clientes, os colaboradores, os fornecedores, o poder publico, a comunidade e o meio ambiente. Com isto, pode-se concluir que todo investimento no ser humano traz resultados surpreendentes.
Por Ivo Corrêa Faria
Fonte: Revista CORES