A Pontal Engenharia está entre os vencedores do Prêmio ECO pelo segundo ano consecutivo. Com essa conquista, a construtora goiana reforça sua posição no banco de boas práticas da Câmara Americana de Comércio (Amcham). A cerimônia de premiação foi realizada no dia 11 de dezembro, em São Paulo. É a quarta distinção recebida pela Pontal em menos dois meses. Durante esse período, a empresa foi destacada pelos prêmios Sesi de Qualidade no Trabalho, Crea Goiás de Meio Ambiente e Socioambiental Chico Mendes.
Na edição 2012, a construtora ganhou na modalidade Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade (Elis) e também na categoria Sustentabilidade em Processos da modalidade Práticas de Sustentabilidade, entre os concorrentes de pequeno e médio portes. Na modalidade Elis, que reconhece a sustentabilidade inserida na estratégia de negócios, a Pontal conquistou a vitória por adotar e disseminar um novo paradigma de gestão pautado na sustentabilidade.
Já a premiação na categoria Sustentabilidade em Processos se deu pelo desenvolvimento de alternativas para redução de resíduos e reuso de materiais descartados. Tijolos feitos com restos de obras são a peça-chave do programa que busca zerar a geração de resíduos desenvolvido pela Pontal. O projeto trouxe uma economia de R$ 500 mil para a mais recente obra de edifícios residenciais da empresa. Em 2011, a Pontal Engenharia ganhou dois troféus do Prêmio ECO – um na modalidade Elis e um na categoria Sustentabilidade em Processos da modalidade Práticas de Sustentabilidade.
Reaproveitamento de materiais
Os ganhos ambientais fazem parte das metas disseminadas em toda a construtora, contando com o envolvimento tanto dos gestores quanto dos colaboradores. O projeto Produção Mais Limpa e Sustentável com Resíduo Zero foi criado pela alta liderança da empresa com a equipe que trabalha diretamente na construção. Uma miniusina montada nos canteiros tritura o entulho gerado na obra, principalmente resíduos chamados de classe A – considerados não perigosos e não inertes (que não mudam a composição ao longo do tempo). É o caso, na construção, de canaletas, blocos e pedras, plásticos poliuretano e polietileno, fibras de vidro, borrachas, gesso, argamassa e afins.
Ivo Correia Faria, diretor executivo da Pontal Engenharia, salienta que a vantagem é poder substituir o uso dos tijolos cerâmicos na obra. “Eliminamos a caçamba de entulho ao reutilizar restos de argamassa, blocos e concreto, reduzindo resíduos e prolongando, assim, a vida de aterros sanitários”, afirma. O agregado de materiais resultante da trituração pode ser destinado à fabricação de concreto não estrutural (usado para enchimento e regularização de lajes e pisos bem como para isolamento térmico e acústico) ou blocos. Uma máquina instalada no local da obra é capaz de fabricar na hora esses tijolos.
O processo ajuda a economizar em torno de 25% dos agregados comumente utilizados na obra, e a meta da empresa é zerar o descarte de resíduos classe A. “Os próximos passos da empresa são reaproveitar o gesso e, em um projeto que estamos desenvolvendo com uma universidade, reaproveitar até o saco do cimento para produção de argamassa”, explica Faria. “Queremos reaproveitar tudo ao máximo.” A Pontal também coloca em prática outras iniciativas durante a fase de construção, como a substituição de lâmpadas do canteiro por luzes mais econômicas e a troca das caixas de descarga por outras com menor capacidade e mesma potência de descarte.
Até a madeira de construção, após ser reutilizada em andaimes e bancos, é doada para reutilização na fabricação de instrumentos musicais. Metais e papéis são totalmente recolhidos e vendidos ou doados para reciclagem.
Apartamento sustentável
Os imóveis construídos pela Pontal trazem a marca da sustentabilidade, projetados para proporcionar economia nas contas de água, luz e condomínio. Os telhados dos prédios captam água da chuva, que é armazenada em reservatórios específicos e distribuída por tubulação independente para uso em bacias sanitárias dos apartamentos e na área comum em torneiras de jardins e limpeza, o que permite poupar de 30% a 40% dos gastos com água. Os vasos sanitários têm duplo acionamento de descarga, para líquidos e sólidos. As torres possuem aquecimento de água por energia solar. E, nas áreas comuns, lâmpadas econômicas de baixo consumo e sensores de presença racionalizam o uso da eletricidade.
Para a Pontal, os colaboradores são essenciais para o sucesso dos projetos. Por isso, a construtora oferece um pacote de benefícios que inclui, por exemplo, participação nos lucros e ginástica laboral. A empresa prioriza a mão de obra própria, contratando terceirizados apenas em serviços em que a interiorização é inviável. “E estamos há dez anos sem acidentes ou reclamações trabalhistas”, acrescenta o executivo. A Pontal promove, principalmente entre seus construtores, pedreiros e mestre de obras, ações como alfabetização e ensino de jovens e adultos em pleno canteiro, qualificação com cursos profissionalizantes e de capacitação e doação de materiais para a reforma da moradia dos próprios trabalhadores.
“Sustentabilidade, para nós, é uma maneira de gerir o negócio no aspecto financeiro, social, ambiental e de qualidade. Resumindo, é buscar a melhor maneira de chegar a uma solução com o menor impacto possível”, diz Faria. “Ainda mais por sermos uma empresa de pequeno porte, é com muita satisfação que recebemos mais uma vez o Prêmio ECO.”
A categoria Elis reconhece os melhores modelos de negócios e estratégias que incorporam a sustentabilidade. Os vencedores foram:
– Elektro (grande porte)
– IBM (grande porte)
– Schneider do Brasil (grande porte)
– Pontal (pequeno e médio portes)
– Vedic (pequeno e médio portes)
Na modalidade Práticas de Sustentabilidade, categoria Processos, ganharam:
– BDF Nivea (grande porte)
– Diageo (grande porte)
– Procempa (grande porte)
– Korin (pequeno e médio portes)
– Pontal (pequeno e médio portes)
Já na categoria Produtos da modalidade Práticas de Sustentabilidade, venceram:
– Embraer (grande porte)
– Duratex (grande porte)
– Santander (grande porte)
– Precon (pequeno e médio portes)
– Vedic (pequeno e médio portes)
O Prêmio ECO
Lançado pela Amcham em 1982, o Prêmio ECO é pioneiro no reconhecimento de companhias que adotam práticas sustentáveis no Brasil. Desde 1982, o Prêmio ECO já mobilizou 2.117 companhias brasileiras e multinacionais. Elas foram responsáveis pela inscrição de 2.630 projetos.